O Ministério da Saúde do Brasil revelou hoje sua estratégia de ampliação da vacinação contra a dengue, anunciando a inclusão de mais 154 municípios. A medida é parte de um esforço contínuo para conter a propagação da doença em áreas consideradas de alto risco. A decisão baseia-se em critérios como altas taxas de transmissão nos últimos anos e população residente superior a 100 mil habitantes.
As doses serão direcionadas a indivíduos com idades entre 10 e 14 anos, faixa etária que apresenta maior proporção de hospitalizações relacionadas à dengue. O esquema vacinal compreende duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A expectativa é que as doses redistribuídas comecem a ser utilizadas na próxima semana, dependendo do processo de remanejamento em cada localidade.
Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI), destacou a importância de evitar o vencimento das doses. Para isso, o Ministério optou por redistribuir as doses dentro das unidades federativas, priorizando os municípios que ainda não foram contemplados.
O remanejamento das doses próximas do vencimento será detalhado em nota técnica divulgada ainda hoje. Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal não farão parte dessa redistribuição, pois todos os municípios dessas regiões já foram contemplados inicialmente. As doses excedentes dessas áreas serão encaminhadas para o Amapá, considerando a situação epidemiológica do estado.
Os novos municípios estão distribuídos em 11 Regiões de Saúde em diferentes estados do país. Essa expansão da vacinação visa fortalecer a proteção contra a dengue em áreas vulneráveis, contribuindo para a redução da incidência da doença e suas complicações.
Além da ampliação da vacinação, o Ministério da Saúde tem oferecido apoio financeiro e técnico aos estados e municípios no enfrentamento da dengue. Visitas técnicas, repasses financeiros mensais e qualificação profissional são algumas das iniciativas em curso para fortalecer a resposta ao surto da doença em todo o país.
A dengue continua sendo um desafio de saúde pública no Brasil, com milhões de casos registrados anualmente. A oferta de vacinas é parte fundamental da estratégia de controle da doença, mas o Ministério da Saúde reforça a importância da eliminação dos criadouros do mosquito como medida preventiva primordial.
Neste contexto, ações como visitas técnicas, repasses financeiros e qualificação profissional desempenham um papel crucial na resposta ao surto de dengue, ajudando a fortalecer as capacidades dos estados e municípios no combate à doença.