Os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, foram presos neste domingo (24) sob acusação de serem os mandantes do atentado contra Marielle Franco em março de 2018, que resultou também na morte do motorista Anderson Gomes. A Operação Murder, Inc., coordenada pelo STF, PGR, MPRJ e PF, revelou um desdobramento significativo no caso que vem sendo investigado desde fevereiro do ano passado. Os presos, após passarem por audiência de custódia remota, estão sendo encaminhados para a Penitenciária Federal de Brasília após exames de corpo de delito no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil, eram figuras públicas com relevância política, enquanto Rivaldo Barbosa era chefe da Polícia Civil à época do atentado e atualmente é coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição. Embora sempre tenham negado envolvimento no crime, os Brazão estavam sob investigação desde o início do caso, em 2018. Advogados dos acusados afirmam a inocência de seus clientes e negam obstrução às investigações, destacando a prisão de Ronnie Lessa, suspeito no caso, durante a gestão de Barbosa na polícia.