O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, reconheceu que estudos alertavam sobre o risco de enchentes, mas afirmou que a falta de recursos e outras prioridades do governo impediram investimentos na prevenção de desastres. Ele enfatiza a necessidade de uma nova postura diante dos alertas climáticos e defende a modernização das normas ambientais.
Estudos Previram Riscos de Enchentes
O governador Eduardo Leite admitiu que estudos prévios alertavam sobre o risco de enchentes no Rio Grande do Sul. No entanto, ele justificou a falta de investimentos em prevenção devido a outras prioridades governamentais.
Prioridades do Governo
Segundo Leite, quando assumiu o governo, o estado enfrentava dificuldades financeiras graves, como atraso no pagamento de salários e repasses a hospitais e municípios. “A agenda prioritária era restabelecer a capacidade fiscal do estado”, explicou.
Necessidade de Adaptação
Diante da tragédia climática que atinge o estado, Eduardo Leite afirmou que o governo precisa adotar uma nova postura em relação aos alertas climáticos. “Devemos estruturar o poder público para receber e analisar os alertas, separando o que é crítico do que não é”, destacou.
Normas Ambientais
Leite negou que a crise climática no Rio Grande do Sul esteja relacionada às mudanças em 480 normas ambientais sancionadas em 2020. Ele defendeu que a modernização das normas visa aprimorar e ajustar a legislação ambiental, e não enfraquecê-la.
Colaboração com o Governo Federal
Sobre a escolha de Paulo Pimenta para o Ministério Extraordinário de Apoio ao Rio Grande do Sul, Leite ressaltou a importância de unir forças com o governo federal. “Meu papel é resolver problemas, e isso inclui trabalhar com todas as esferas de governo”, afirmou.
Protagonismo Estadual
Apesar da colaboração com o governo federal, Eduardo Leite enfatizou que o protagonismo na reconstrução do estado deve ser do governo estadual. “O protagonismo é conferido pelo voto popular, e nosso papel é liderar o processo, reunindo as forças da sociedade”, concluiu.
Com essa postura, o governador busca equilibrar a priorização de recursos e a adaptação às mudanças climáticas, destacando a necessidade de colaboração entre governos para enfrentar as crises de forma eficaz.