22 de novembro de 2024

Taxa de Analfabetismo Cai, Mas Desigualdades Persistem: Confira os Dados do Censo 2022

maio20,2024

O Censo 2022 revela uma redução significativa na taxa de analfabetismo no Brasil, passando de 9,6% em 2010 para 7,0% em 2022. No entanto, as desigualdades ainda persistem entre diferentes grupos étnicos e regiões.


Redução na Taxa de Analfabetismo

Os dados do Censo Demográfico 2022 mostram um avanço significativo na alfabetização dos brasileiros com 15 anos ou mais. Em 2022, 93,0% dessa população sabia ler e escrever um bilhete simples, comparado a 90,4% em 2010. No entanto, 11,4 milhões de pessoas ainda são analfabetas.

Desigualdades Persistentes

As disparidades no acesso à educação ainda são evidentes entre diferentes grupos étnicos e regiões do país:

  • Taxas por cor ou raça:
  • Brancos: 4,3%
  • Amarelos: 2,5%
  • Pretos: 10,1%
  • Pardos: 8,8%
  • Indígenas: 16,1%

Essas taxas revelam que pretos e pardos têm mais que o dobro de analfabetismo em comparação aos brancos, e os indígenas quase quatro vezes mais.

Analfabetismo por Idade

A queda na taxa de analfabetismo foi observada em todas as faixas etárias:

  • 15 a 19 anos: 1,5%
  • 65 anos ou mais: 20,3% (redução significativa de 46,7% desde 2000)

Betina Fresneda, analista da pesquisa, explica que essa redução é um reflexo da expansão educacional e da transição demográfica que trouxe gerações mais educadas.

Disparidades Regionais

As desigualdades regionais também são marcantes:

  • Municípios com mais de 500 mil habitantes: Taxa média de analfabetismo de 3,2%
  • Municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes: 13,6%

Betina Fresneda destaca que a alfabetização é diretamente relacionada aos recursos disponíveis para a educação nos municípios.

Desigualdades de Gênero

Em 2022, a taxa de alfabetização das mulheres (93,5%) superou a dos homens (92,5%) em todos os grupos etários, exceto entre os de 65 anos ou mais.

Analfabetismo no Nordeste

A Região Nordeste ainda enfrenta desafios significativos, com uma taxa de analfabetismo de 14,2%, o dobro da média nacional.

  • Santa Catarina: Maior taxa de alfabetização (97,3%)
  • Alagoas: Menor taxa de alfabetização (82,3%)

Alfabetização das Pessoas Indígenas

A taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi de 85,0% em 2022, inferior à média nacional. A maior taxa foi registrada no Sudeste (91,7%) e a menor no Nordeste (82,0%).

Embora o Brasil tenha avançado na redução do analfabetismo, as disparidades étnicas e regionais continuam a desafiar a busca pela equidade educacional. O investimento contínuo e direcionado em educação é essencial para superar essas desigualdades.


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